Centelha

Algramo – a granel

Seis anos atrás (Chile), o então estudante de MBA José Manuel Moller, vivia com mais 3 amigos. Com um orçamento apertado, José se deparava com a situação de ter que comprar alimentos em pouca quantidade (embalagens menores) e, por esta razão, acabava por pagar mais caro do que se comprasse quantidades maiores (embalagens maiores). Estava aí a faísca inicial para a criação da Algramo.

Seu objetivo: “Reduzir o preço das compras da família, de maneira sustentável”, nas palavras do próprio José.

© ALGRAMO

Mas como?

Trabalhando com armazéns de bairro para onde levam máquinas dispensadoras que enchem com produtos básicos a granel (como arroz, feijão e lentilhas) e vendem em embalagens individualizadas. Desta forma, o preço pode ser mais baixo já que o custo da embalagem só acontece uma vez (ao abrir uma conta na Algramo).

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Sustentável em todos os pilares, não só no Ecológico já que uma grande quantidade de embalagens não é mais utilizada, como também nos pilares Econômico e Social já que possibilita que pequenos armazéns compitam com grandes redes (gerando renda para esses armazéns) além de permitir que pessoas de baixa renda consigam comprar itens básicos.

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Crescimento

Atualmente já são 2.000 lojas em toda a capital (Santiago), distribuindo itens de detergente a arroz, grão de bico a pet food “a granel”, eliminando o uso de embalagens plásticas que se se acumulam em lixões e nos oceanos. Com o tempo, as taxas de reutilização pelos clientes aumentaram de cerca de 10% para mais de 80%.

O consumidor inicialmente adquire uma embalagem (reutilizável) e, através de “vending machines” colocadas nos armazéns, pode comprar pequenas quantidades dos produtos. Esta mesma embalagem possui uma etiqueta RFID que registra e proporciona um desconto nas compras futuras. A empresa estima ter impactado algo em torno de 250.000 pessoas e, até o final deste ano (2019), espera ter as suas máquinas em 2.300 armazéns ou pequenas lojas.

Uma outra novidade da Algramo é o seu triciclo (elétrico) que, através da web, é possível solicitar que o mesmo, vá até a sua casa (por enquanto disponível na região de Las Condes).

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“Com produtos químicos [como detergentes], estamos entre 30 e 40% mais baratos que nossos concorrentes, com a mesma qualidade. Isso acontece porque a embalagem e a comercialização representam mais de 50% do custo. Então, é realmente simples, se reduzirmos isso, podemos oferecer os produtos com economia para o cliente”, disse José.

Expansão, Unilever e Nestlé

Em 2019 a Algramo foi um dos 7 projetos vencedores do desafio de inovação da National Geographic – Ocean Plastics Innovation Challenge, receberam também o Grand Prize da categoria Economia Circular. Também em 2019, junto com outros 7 projetos, venceram o Solve 2019 Global Challenge, desafio do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) para que criadores e inovadores de todo o mundo respondessem a seguinte pergunta (através de projetos): como as pessoas podem criar e consumir produtos que sejam renováveis, reparáveis, reusáveis e recicláveis?

Seu conceito disruptivo chamou a atenção da Unilever e da Nestlé que fizeram parcerias para as vendas de OMO e QIX (Unilever) e Purina Dog Show e Cat Show (Nestlé). Através da Algramo, Unilever e Nestlé não só conseguem atingir camadas de baixa renda como também reduzem os seus custos com embalagens (e experimentam novos modelos de negócios).

Como parte de uma transformação nos negócios (que inclui os triciclos elétricos e as parcerias com as grandes empresas), a Algramo refez a sua identidade visual, a tarefa ficou a cargo da consultoria FutureBrand.

Os próximos passos são atingir o equilíbrio das contas (break-even), expandir para a Colômbia e, no próximo ano, iniciarem o primeiro protótipo no México e possivelmente no Peru.

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Chile

Diferente da maioria dos países latinos, o Chile vem tomando atitudes significativas em relação aos impactos relacionados ao aquecimento global. Uma das suas iniciativas refere-se justamente ao lixo plástico. No final de maio deste ano, o congresso chileno aprovou um projeto de lei que proíbe os sacos plásticos de uso único. O Chile utiliza mais de 3.4 bilhões de sacolas plásticas por ano, 97% deles vão parar nos aterros sanitários ou oceanos, vale lembrar que o Chile tem uma das maiores costas do mundo.

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