Creme dental Change
O problema das embalagens plásticas já é mais do que conhecido, milhões são jogadas fora todo dia indo parar em aterros sanitários, rios e mares. Não é diferente com os tubos dos cremes dentais (no site da Change eles informam que são mais de 900 milhões de tubos jogados no lixo por ano). A maior parte dos tubos é composto por 75% de plástico e 25% de alumínio, o que se configura em um grande problema ambiental caso todos joguem essas embalagens no lixo comum (desembocando em aterros sanitários), mesmo assim, sua reciclagem é possível.
Mike Medicoff e Damien Vince movidos por este problema e incentivados pela filha de Mike, então determinada a deixar a casa da família livre de resíduos de plásticos, começaram a pesquisar como fazer um creme dental que não viesse embalado em um tubo de plástico. O processo levou meses, com mais de 100 fórmulas diferentes até chegaram na fórmula final do que veio a ser a “Change”.
O resultado foi um pequeno comprimido branco que substitui a necessidade de creme dental. Os comprimidos Change foram projetados para serem colocados entre os dentes de trás, gentilmente mordidos e depois escovados com uma escova de dentes molhada. O comprimido quebrado começa a espumar e você pode escovar os dentes como de costume.
A atual fórmula dos comprimidos não contém flúor, glúten, laticínios, nozes e soja (atendendo ao público vegano). Entre os ingredientes temos: xilitol, fosfato bicálcico, saborizada com hortelã natural, sulfonato de sódio olefinaC14-C16 (um agente espumante à base de plantas), bicarbonato de sódio (agente de polimento), mentol, dióxido de silício e extrato de folhas de mentha spicata (adiciona sabor e cor).
Os comprimidos vêm em embalagens compostáveis de sacos de papel*, cada saco com 65 comprimidos. A embalagem de transporte (correios) é feita com papel reciclado. Os consumidores também têm a opção de comprar uma escova de dentes de bambu. O produto atual não contém flúor, mas a dupla está trabalhando em uma nova fórmula que incluirá este composto que ajuda a prevenir a cárie dentária.
* No site da empresa eles dizem que esta embalagem é oxi-degradável (não é oxi-biodegradável) seguindo os padrões ASTM D6400. Essa compostagem não é caseira, para que esse tipo de degradação ocorra é necessário que as embalagens sejam direcionadas para locais específicos (que fazem a compostagem industrial). Importante salientar que a oxi-degradação é um processo que reduz o material em micro partículas, essas micro partículas se não forem dispensadas corretamente podem ser bastante poluentes já que, por serem micro, podem chegar rapidamente aos rios, lagos e oceanos, contaminando-os.