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Einhorn (unicórnio, em alemão) é uma startup fundada por Waldemar Zeiler e Philip Siefer. Os dois se conhecem há anos, do cenário das startups em Berlim. Mas antes de fundarem a Einhorn, eles fundaram o “Entrepreneur‘s Pledge“ (Compromisso – ou Juramento – do Empreendedor que, como o próprio nome diz, é um compromisso de empreendedores de pensamento sustentável em doar um valor para o desenvolvimento de pelo menos um negócio de impacto social além de reinvestir 50% dos lucros desse novo negócio em projetos sociais e ambientais. Partindo dessa premissa eles criaram a Einhorn, uma empresa de preservativos sustentáveis.

Mas como assim? Como um preservativo pode ser sustentável? Usualmente os preservativos utilizam em sua composição proteína animal (além do látex natural), já os preservativos Einhorn são veganos (segundo seu próprio site – https://einhorn.my/einhorn-condoms/), isso significa que: “nenhum ingrediente e subproduto animal está sendo usado no processo de fabricação. Alguns fabricantes de preservativos usam um ingrediente animal – a caseína, proteína encontrada no leite – como lubrificante. Utilizamos apenas lubrificantes naturais à base de plantas.”

Embalagens divertidas

Como os próprios fundadores descrevem no site, a compra de preservativos gera um certo desconforto, muitas vezes as pessoas até compram um outro produto como um saco de batatinhas para “camuflar” a compra dos preservativos. Pensando nisso, os seus preservativos são vendidos em embalagens similares à das batatinhas e com um design moderno, colorido e despojado.

O mercado global de preservativos gira em torno de US$ 8 bilhões, e foi pensando em abocanhar uma fatia desse mercado que Zeiler e Siefer desenvolveram o seu produto. Após mais de 4 anos do lançamento (2015), quando realizaram uma campanha de financiamento coletivo onde arrecadaram € 104.344, a empresa já fatura anualmente, cerca de € 5 milhões. Ainda longe de ser um “unicórnio” como são chamadas as startups avaliadas em mais de US$1 bilhão, mesmo assim, são valores bem expressivos.

Fairstainability

Como já falamos acima, os preservativos são feitos de látex natural (borracha), um produto do extrativismo vegetal, produzido por algumas plantas como a papoula e a seringueira. A expansão desta plantação (monocultura) nas últimas décadas levou ao desmatamento em diversas áreas. Também pensando nisso e na relação justa com os fazendeiros, a Einhorn trabalha em estreita colaboração com pequenos grupos de agricultores na Tailândia. Através desta colaboração, evita-se o uso de pesticidas (sempre que possível) tendo como objetivo no futuro, cultivar sem o uso de produtos químicos.

Dentro dos objetivos da Einhorn estão:

• A fundação de uma cooperativa junto com cientistas alemães para determinar padrões globais para o cultivo de borracha natural sustentável com selo “Fairstainable”.
• Residência na Malásia por 2 meses para coordenar os processos produtivos e fundar uma cooperativa seringueira.
• Inspecionar as condições de trabalho de todos os envolvidos na plantação e na produção local.
• O desenvolvimento de ideias para a melhoria da produção com parceiros locais.

No último ano foram vendidos mais de 4,5 milhões de unidades de preservativos Einhorn e, a linha de produtos expandiu, além dos preservativos é possível comprar coletores menstruais (reutilizáveis, feitos com silicone de grau médico), absorventes, absorventes internos e forros para calcinhas feitos com algodão orgânico, substituindo (onde necessário) o plástico de origem fóssil pelo bioplástico mater-bi (biodegradável e compostável). Vale lembrar que os preservativos veganos Einhorn não foram os primeiros (2015), os primeiros foram da marca Glyde, lançados em 2013. Outras marcas também oferecem produtos similares, como a Sustain Natural, L., Lovability e Sir Richard´s.