Centelha

Primeira termelétrica de biogás do Brasil

A primeira termelétrica de biogás do Brasil fica no estado do Paraná, mas precisamente em Entre Rios do Oeste, em funcionamento desde julho de 2019. Contou com um investimento da ordem de R$ 17 milhões da Copel (Companhia Paranaense de Energia). A unidade geradora tem capacidade total de 480 KW, transformando por dia 215 toneladas dos dejetos em energia limpa.

© JOSÉ FERNANDO OGURA / ANPR

A usina é composta por um grupo de 18 produtores de suínos, que produzirão biogás a partir do tratamento dos dejetos de aproximadamente 40 mil suínos em sistemas de biodigestão. A biodigestão (ou fermentação anaeróbica) consiste na produção de gás combustível e, também de adubos, a partir de compostos orgânicos. Realizada por bactérias existentes na natureza, é considerada uma alternativa energética renovável além de uma maneira de eliminação dos resíduos orgânicos urbanos.

O biogás será conduzido por meio de uma rede coletora de 20,6 quilômetros, interligando as propriedades rurais até a Minicentral Termelétrica, onde estão instalados dois grupos motogeradores de 240 kW de potência cada. Uma curiosidade, em Entre Rios do Oeste o número de suínos é mais de 30 vezes maior do que o de habitantes (4.481 pessoas), algo em torno de 135 mil.

© PIXABAY

Segundo o governo do Paraná, a energia gerada será utilizada para compensar o consumo energético nos prédios públicos do município, num total de 72 unidades consumidoras, na modalidade de autoconsumo remoto. Os produtores envolvidos receberão um repasse mensal pelo volume de biogás injetado na rede. A estimativa é que haja uma produção de energia elétrica renovável no meio rural de 250 MWh/mês ou 3.000MWh/ano com a utilização de 5.000 m³ de biogás/dia.

A Copel Geração e Transmissão foi a financiadora da obra, com um valor estimado em R$ 17 milhões. A Prefeitura forneceu o terreno para instalação da Minicentral Termelétrica (além de alguns serviços, como o de terraplenagem para implantação dos biodigestores). Os produtores entraram no projeto com investimentos para a instalação dos biodigestores em suas propriedades. Equipes técnicas da Parque Tecnológico Itaipu (PTI) também participam do projeto.

© AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO PARANÁ

Anteriormente, os dejetos produzidos nas propriedades eram utilizados na lavoura como adubo. Além da emissão dos GEE (gases de efeito estufa), esse material tem alto potencial de poluição dos recursos hídricos e odor desagradável. O uso da biomassa na geração de energia elétrica evita que o metano seja lançado na atmosfera. Segundo o Imaflora, a agropecuária contribui com 25% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil (dados de 2018).

Ao reduzir o despejo de dejetos nos rios e reservatórios de água, o projeto minimiza a proliferação descontrolada de algas, que além de nocivas à saúde humana podem causar entupimento de canais adutores nas usinas hidrelétricas e aumentar a mortandade da fauna e flora aquáticas. A produção de suínos é uma das principais atividades econômicas do Paraná. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura, o Paraná produziu 840 mil toneladas de carne suína em 2018, o que representa 21,3% da produção brasileira que é de 3,9 milhões de toneladas.

 

FONTE(S):

http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=103025&tit=Parana-inaugura-primeira-termeletrica-de-biogas-do-Brasil

 

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