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Fundada em 2018 pelas primas Thyme Sullivan (atual CEO), com passagens por Coca-Cola, PepsiCo e Nestlé e Denielle Finkelstein (presidente), 20 anos de experiência trabalhando no segmento da moda em empresas como Ann Taylor, Coach, Kate Spade e Talbots. A sede da empresa fica em Duxbury no estado de Massachusetts (E.U.A.).

Tudo começou com Thyme e Danielle, procurando por produtos de higiene feminina para as filhas (então pré-adolescentes) e, nesta busca, perceberam que a categoria era carente de produtos inovadores e eco-amigáveis. Nasce a TOP – The Organic Project, empresa que visa capacitar as mulheres a fazer melhores escolhas, protegendo seus corpos e o meio ambiente.

História

No Brasil, em 1930 (só se popularizando na década de 50), chegou ao país os absorventes da marca Modess (Johnson & Johnson), produto importado dos Estados Unidos. Tempos depois surgiram no mercado os absorventes internos, nos E.U.A. da marca Tampax (P&G) e na Alemanha, o O.B. (Johnson & Johnson), que significa “ohne Binde”, em português algo como “sem toalha/curativo”. O.B. só chegou ao Brasil em 1974.

Consumo e descarte

Segundo informações obtidas na página do eCycle (https://www.ecycle.com.br/), estima-se que a mulher faz uso de cerca de dez absorventes descartáveis em cada ciclo menstrual, e de dez mil a 15 mil da puberdade até a menopausa. Como no Brasil não existe reciclagem para esse tipo de resíduo, esses absorventes acabam indo parar em lixões e aterros sanitários, causando um problema ambiental.

Nos E.U.A., estima-se que quase 20 bilhões de absorventes íntimos e aplicadores são despejados em aterros sanitários a cada ano. Uma mulher usa mais de 16.800 absorventes ao longo da vida. (Fonte: https://digital.hbs.edu/platform-rctom/submission/the-ecological-impact-of-feminine-hygiene-products/).

Mercado

Segundo a Euromonitor International, em 2018, as vendas de absorventes nos E.U.A. caíram por várias razões, sejam questões demográficas ou mesmo pelo aumento do uso de contraceptivos. Em contrapartida, apesar do declínio das vendas dessa categoria, observaram um forte crescimento nas vendas de absorventes “naturais” (produzidos com algodão 100% orgânico).

Os produtos TOP são produzidos com algodão 100% orgânico (certificado pelo USDA), são 100% biodegradável, ingredientes de origem ética, livre de alvejante à base de cloro, práticas agrícolas seguras e são 100% hipoalergênico. Também oferecem a caixa “TOP First Period Box by Penny Pack”, para a primeira menstruação contendo além dos absorventes, o livro “There’s Something New About You” desenvolvido pela Girlology e acesso ao app da Penny Pack, ambos com conteúdo informativo que ajuda as meninas a enfrentar os desafios da puberdade com confiança e conhecimento de uma forma apropriada à idade.

Atualmente são vendidos pelo sistema de assinatura, mas planejam ter loja física em 2020 ou 2021. Através de fundos de investimento, receberam um aporte inicial de US$ 700 mil e, recentemente mais US$ 900 mil, chegando a um total de US$ 1,6 milhões.

Esse ano (2020), após tentativas sem sucesso comercial de um produto feito com papelão, anunciaram o lançamento do seu aplicador de absorventes íntimos feito com um plástico à base de cana-de-açúcar. Os benefícios de seu aplicador de plástico à base de plantas incluem uma redução no uso de recursos de combustíveis fósseis, uma decomposição mais rápida e uma diminuição geral de toxinas – eliminando o Bisfenol A por completo, um desregulador hormonal com riscos documentados para a saúde das mulheres. O Bisfenol A é proibido no Brasil para o uso em mamadeiras e com uso limitado em outras aplicações, mais detalhes na página da ANVISA (http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/embalagens/bisfenol-a).

No lado social, para cada compra, a empresa doa produtos para escolas, abrigos, organizações sem fins lucrativos e organizações dedicadas a ajudar mulheres e meninas carentes. No último ano, doaram mais de 250.000 produtos para comunidades locais para apoiar mulheres e meninas que não têm acesso a produtos de higiene íntima.