Centelha

GreenCake

Em 2015, Majd Mashharawi se formou em Engenharia pela Universidade Islâmica de Gaza. Ao invés de seguir uma vida doméstica (como a maioria das mulheres na Faixa de Gaza), Majd seguiu em busca de soluções para grandes problemas enfrentados pela população daquele local: as limitações de energia elétrica e de materiais de construção (entre vários outros problemas decorrentes das restrições de segurança impostas ao território).

Diante destes enormes desafios, Majd desenvolveu uma receita para blocos de construção que ela chamou de GreenCake além de uma outra start-up, a SunBox, que tem como objetivo criar acesso à energia, fornecendo, entre outras coisas, kits solares acessíveis e fora da rede para as famílias (falaremos sobre a SunBox em outro post). A razão para o nome GreenCake? Ela explica que o “green” vem do lado ecológico da receita e “cake” (bolo) porque os blocos são aerados (fato que confere grande leveza ao produto).

© GREENCAKE

A Faixa de Gaza é um território palestino composto por uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo (Oriente Médio), faz fronteira com o Egito (sudoeste, 11 km) e com Israel (leste e norte, 51 km). O território tem 41 quilômetros de comprimento e uma variação de 6 a 12 quilômetros de largura, com uma área total de 365 quilômetros quadrados. (Fonte: Wikipedia)

Sua população gira em torno de 1.8 milhão de habitantes (fonte: indexmundi.com), sendo um dos territórios mais densamente povoados do planeta. A designação Faixa de Gaza deriva do nome da sua principal cidade, Gaza, cuja existência remonta à Antiguidade. Sofrem uma escassez crônica de água e praticamente não tem indústrias. A infraestrutura é precária, e quase nada foi refeito após os bombardeios israelenses de 2008-2009 (fonte: Wikipedia). É descrita pelos seus moradores como a “maior prisão à céu aberto do mundo”.

© GREENCAKE

Escombros e cinzas em abundância no território fazem parte da receita dos blocos GreenCake. Os escombros estão por todo lado e as cinzas são decorrentes de várias atividades locais além da combustão do carvão (mineral e vegetal) para gerar eletricidade. Abundante na Faixa de Gaza, as cinzas são um problema ambiental, quanto enterradas, poluem as águas subterrâneas. A combustão de carvão na Faixa de Gaza gera mais de sete toneladas de resíduos semanalmente. (Fonte: mapadaobra.com.br)

Foram mais de duzentas tentativas até a receita atual (chegou a testar de papel reciclado a argila) com resistência estrutural suficiente para serem utilizados nas construções. O resultado? Blocos ecológicos, mais leves (-50%) e, também mais baratos. A capacidade de produção é limitada já que necessita de eletricidade que é restrita a algumas horas por dia. Além das cinzas e dos escombros, a receita ainda leva uma pequena parte de cimento, mas dispensa a areia e agregados (materiais que precisam ser importados).

Mashharawi com seus GreenCakes conquistou alguns prêmios como o Japan Gaza Innovation Challenge (2016) além de ser eleita uma das pessoas mais criativas nos negócios em 2018 pela revista americana Fast Company (Most Creative People in Business 2018).

 

© GREENCAKE

 

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