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Vários segmentos (com maior ou menor força) estão buscando reduzir as emissões de carbono. No transporte aéreo não é diferente. Nessa busca surge a LanzaTech, uma startup de biotecnologia fundada na Nova Zelândia (em 2005), que tem como foco a conversão das emissões de carbono em produtos úteis, começando pelos combustíveis. Uma das empresas em cooperação com a LanzaTech é a Virgin Atlantic, uma das maiores companhias aéreas do Reino Unido, do mega empresário Richard Branson.

Tecnologia inovadora
O que faz a tecnologia da LanzaTech? A startup está transformando o problema em uma grande oportunidade. Como? Transformando as emissões de CO2 em matéria-prima. Em um cenário idealizado pela startup, os aviões seriam alimentados por emissões de GEE recicladas. Já são 15 anos desenvolvendo uma tecnologia de captura de carbono que pode transformar fluxos de resíduos em etanol, que pode ser utilizado em produtos químicos e combustíveis.

As emissões são “alimentadas” com bactérias que, como resultado, geram etanol combustível. Essas “emissões” podem vir de diversas fontes, de emissões industriais variadas, syngas (gás de síntese), biomassa de resíduos sólidos urbanos, resíduos industriais orgânicos e resíduos agrícolas. Na analogia que faz a LanzaTech, seria como adaptar uma cervejaria a uma fonte de emissão, como uma usina de aço ou um aterro sanitário, mas em vez de utilizar açúcar e fermento para fazer cerveja, a poluição é convertida por bactérias em combustíveis e produtos químicos. A abordagem da LanzaTech tem um enorme potencial de expansão, se a tecnologia fosse lançada para as siderúrgicas elegíveis ao redor do mundo (65% do total), seria possível produzir combustível o suficiente para atender cerca de 20% da demanda atual de combustível de aviação comercial.

Joint Venture em Taiwan
Em outubro de 2019, a LanzaTech anunciou que produziram, com sucesso, mais de 9 milhões de galões de etanol a partir das emissões de usinas de aço reciclado, em seu primeiro ano de operação. Essa produção se deu através da Beijing Shougang LanzaTech New Energy Science & Technology Co., Ltd., uma joint venture que, além da LanzaTech, envolveu o Shougang Group, um dos principais produtores chineses de ferro e aço, e seu parceiro da Nova Zelândia, TangMing.

Atualmente, sendo vendido ao mercado de transporte rodoviário como um combustível (mistura) de baixo carbono, o etanol dessa instalação será agora convertido em PET para ser utilizado na produção de bens de consumo (que a empresa está rotulando como CarbonSmart™) como camisetas, garrafas e outras embalagens.
Além dessa joint venture em Taiwan (e de outras parcerias), a LanzaTech também está trabalhando com a India Glycols Limited (IGL – empresa líder na fabricação de produtos químicos) e a Far Eastern New Century (FENC – indústria têxtil taiuanesa) na conversão de etanol em fibras têxteis sustentáveis, como o FENC® TopGreen Bio3-PET HTY, um fio de alta tenacidade (HTY – High Tenacity Yarn), que pode ser utilizado tanto na indústria têxtil quanto na indústria de embalagens.
Avaliação, investimentos e reconhecimento
A última rodada de financiamento da LanzaTech (agosto de 2019) foi de US$ 72 milhões. No total, a startup já levantou US$ 276,3 milhões. A mais recente avaliação é de US $ 1 bilhão!
Em junho deste ano, a CNBC (Consumer News and Business Channel, canal americano de tv por assinatura), incluiu a LanzaTech, na sua oitava edição da lista anual Disruptor 50, que identifica empresas privadas cujos avanços estão influenciando a concorrência comercial e de mercado em um ritmo acelerado. Também figurou na lista The World’s 50 Most Innovative Companies, na revista americana Fast Company.

 

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FONTE(S):

LanzaTech