Centelha

PrintGreen3D – filamentos sustentáveis para impressão 3D

O início

Tudo começou em 2014, em uma garagem, William e Marcela adquiriram uma impressora 3D e perceberam logo nas primeiras impressões de que havia muita perda de material até aprenderem a utilizar a máquina. E isso os incomodou muito. A partir desse momento, surgiu a ideia de reciclar todo esse plástico que seria descartado de impressões mal sucedidas.

William Lima nos revela que, no início da startup, estavam focados no desenvolvimento de fornecedores e na formulação química de um filamento sustentável, além de prestarem serviços de manutenção em impressoras 3D, serviços de impressão em 3D e desenvolvimento de sistemas embarcados. Além disso, tinham como objetivo produzir mini extrusoras para que as pessoas pudessem reciclar o seu resíduo plástico em casa.

Perceberam com testes, que reciclar na área de impressão 3D não era algo simples. Não bastava apenas colocar o plástico usado para reutilizar novamente, perceberam que o plástico, uma vez utilizado, perde características e impossibilita uma impressão de qualidade. Começaram então, a estudar sobre plásticos. William Lima, formado em Engenharia elétrica, junto com a sócia Marcela Lima (com formação em Enfermagem e pós em Auditoria de Enfermagem), buscaram conhecimento e pesquisaram para conseguirem desenvolver um filamento de impressão 3D reciclado com qualidade, com as mesmas características de um produto oriundo de matéria-prima virgem. Estava aí a centelha para uma nova e promissora startup!

© PRINTGREEN3D

Desde o início, obtiveram importantes reconhecimentos, em 2016 figuraram no ranking TOP 100 Open Startups; foram aprovados no edital de Inovação do SENAI/SESI de 2014 e 2015; foram finalistas e um dos vencedores do Ser Empreendedor da Poli/USP de 2016. Em 2017, participaram de um edital de inovação do SENAI, conseguindo a partir daí, desenvolver a formulação ideal para o filamento reciclado.

A empresa

A PrintGreen3D é uma startup que recicla plástico pós consumo e pós industrial, com essa tecnologia, transformam o resíduo plástico em um produto mais nobre. Atualmente, a startup está incubada no SENAI Mário Amato em São Bernardo do Campo (SP). Atuam no segmento de impressão 3D, desenvolvendo produtos inovadores como o “filamento sustentável” que é fabricado com plástico reciclado. Também comercializam equipamentos, peças e acessórios para impressoras 3D e objetos fabricados com as suas próprias impressoras. Também prestam serviços de consultoria e desenvolvimentos específicos (reutilização de plásticos e inovação para polímeros reciclados).

© PRINTGREEN3D

Do início e até 2019 a startup contou apenas com recursos próprios, busca financiamentos (como toda startup) que agreguem, não só na parte financeira, mas também em outras áreas que permitam a expansão da empresa. Em 2019, com o investimento que obtiveram da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) conseguiram desenvolver novos fornecedores e agregaram ao portfolio de filamentos sustentáveis mais cores, além das tradicionais cores cinza e preto, mais comuns quando se fala de materiais reciclados.

© PRINTGREEN3D

Filamentos reciclados

De acordo com a PrintGreen3D, o filamento sustentável é feito de ABS reciclado, estão disponíveis nas cores branco, cinza, preto, roxo, verde e azul. Uma observação que fazem sobre os filamentos de cores claras é que este, depende muito do produto que recebem para reciclar. As características do filamento sustentável da PrintGreen3D são as mesmas de um produto virgem, dependendo do material que recebem (para ser reciclado em filamentos) a resistência mecânica é até superior. Atualmente, estão em pesquisas para serem utilizados outros polímeros reciclados, como o PET (Polietileno Tereftalato), PLA (poliácido láctico) e o PP (Polipropileno).

A startup iniciou a pré-vendas dos filamentos sustentáveis em 2018, com pequenos lotes. Em 2019 começaram as vendas no varejo e no atacado, neste mesmo ano, conquistaram importantes clientes entre multinacionais, empresas nacionais e pessoas físicas.

© PRINTGREEN3D

Presente e futuro

A empresa hoje, busca fidelizar os atuais clientes e, também, aumentar a “carteira”. Além disso, pretendem expandir o uso da formulação química que desenvolveram para outros tipos de aplicações como por exemplo, frascos de uso geral.

Como nos revela William, a PrintGreen3D vê com “bons olhos” o mercado de impressão 3D, “a impressão 3D tem crescido no mundo inteiro e, é algo que vai se tornar cotidiano, algo comum no nosso dia a dia, e acreditamos que as empresas deem mais valor ao nosso produto por conta da possibilidade da logística reversa e também pelo cumprimento da lei de resíduos sólidos, com o apelo sustentável”. William ainda comenta que pretendem desenvolver filamentos com plástico de origem vegetal, revelando que já pesquisam a utilização deste tipo de polímero. Ainda sobre a logística reversa, a startup está rodando um piloto com dois pontos de coleta e todas as empresas clientes podem enviar os seus resíduos para estes pontos, contribuindo para uma economia circular.

© PRINTGREEN3D

Braskem Labs 2020

Recentemente foram selecionados para a edição 2020 do Braskem Labs. Este programa da Braskem visa impulsionar negócios sustentáveis criados a partir da química e do plástico. A PrintGreen3D foi selecionada para o Braskem Labs Ignition, que é um programa de pré-aceleração, oferecido para as startups que estão em momento de validação de seu modelo de negócio. No Ignition, as empresas são ajudadas a conhecer melhor o seu cliente, refinar o seu modelo de negócio, prototipar o produto/serviço ou até realizar as primeiras vendas. O foco é refinar o modelo de negócio e gerar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.

Como nos conta William, “o motivo de estarmos participando do Ignition foi porque estamos ainda no meio do caminho, não temos um faturamento muito alto nem muito baixo, então achamos por bem, quando nos inscrevemos, que seria legal dar um passo atrás, repensar um pouco e participar desse programa, que com certeza vai abrir muitas portas para PrintGreen3d”.

 

FONTE(S):

PrintGreen3D

Blog PrintGreen3D

Braskem Labs

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Algas em impressoras 3D

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